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Semeadura da soja inicia no RS com produtores de olho no solo e no clima

Receio com a estiagem fez produtor investir em tecnologia para potencializar o enraizamento da planta e combater o déficit hídrico

 

A semeadura da soja no Rio Grande do Sul já começou nas grandes áreas, de forma ainda lenta em função do clima. A safra 2020/21 do grão em solo gaúcho, terceiro maior produtor da soja no país, deve saltar 69%, de acordo a Emater/RS-Ascar. O desempenho esperado para a oleaginosa vem na esteira de uma recuperação, após fortes perdas causadas pela seca na temporada passada.


No entanto, projeções meteorológicas que indicam grandes chances de La Niña no segundo semestre de 2020, estão tirando o sono de muitos produtores. De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar, o fenômeno de aquecimento das águas do oceano Pacífico implica, por enquanto, uma demora na organização da umidade da Amazônia sobre o Centro-Norte e na retenção das chuvas no Rio Grande do Sul, já que as frentes frias não têm força para avançar.


Frente as dificuldades enfrentadas na última safra com a estiagem, alguns produtores buscaram uma espécie de seguro no próprio solo para combater antecipadamente a deficiência hídrica. A alternativa encontrada foi a utilização de uma tecnologia desenvolvida a partir de uma matéria-prima mineral, à base de cálcio e enxofre para aumentar o enraizamento das plantas.


O sulfato de cálcio granulado é um fertilizante mineral que combate o alumínio tóxico do solo e é um poderoso enraizador das plantas. A liberação de cálcio e enxofre começa já a partir dos 21 dias após a aplicação, além de ser 150 vezes mais solúvel que o calcário. A diferença, na prática, é uma planta mais vigorosa já no arranque, com raízes que atingem maior profundidade, alcançando água e nutrientes nas camadas mais profundas do solo.
No município de Santo Ângelo, noroeste do RS, o produtor Arthur Milanesi utilizou o sulfato de cálcio granulado na forma do produto SulfaCal, nas culturas de soja e milho. Mesmo sendo o primeiro ano de aplicação, os resultados já foram visíveis.


Na cultura da soja, o produtor aplicou 200 kg / ha SulfaCal na linha e 200 kg / ha KCl a lanço. O resultado foram cerca de 10 sacas a mais que a média da região. Já na cultura do milho foram 200 kg / ha SulfaCal a lanço e 200 kg / ha MAP na linha, somado de 200 kg / ha KCl a lanço, obtendo cerca de 22 sacas a mais que a média na região. “Foi a primeira vez que usamos e o resultado foi bem positivo, mesmo com toda a falta de chuva e calor excessivo o resultado foi satisfatório”, destaca o produtor.


Para o engenheiro agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva, essa tem sido uma solução para muitos produtores para combater o déficit hídrico e atingir um equilíbrio do solo, propiciando uma correta construção de fertilidade do solo, com o cálcio e o enxofre se destacando como nutrientes essenciais.
"O sulfato de cálcio é uma das principais composições para equilibrar o solo, fornecendo cálcio e enxofre desde a raiz até a parte aérea da planta, com consequente aumento da capacidade de absorver água e, assim, melhorar a produtividade”, acrescente Silva e Silva, que também é diretor técnico da SulGesso, empresa catarinense referência na distribuição de sulfato de cálcio no Sul do Brasil.

 

 

 


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Texto: AgroUrbano Comunicação
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