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SulGesso realiza doações das primeiras mudas de Butia catarinensis oriundas da câmara de sua câmara de germinação

Em ação junto à Prefeitura de Imbituba, empresa doou 100 mudas germinadas através da tecnologia que permite a quebra da dormência da semente do butiá em laboratório

 

A capital nacional da baleia franca, Imbituba (SC), pode passar a ser reconhecida como a cidade brasileira referência na preservação do butiá, graças à iniciativa da comunidade local e de empresas da região. O butiá-da-praia (Butia catarinensis) é uma palmeira de ocorrência restrita, endêmica do litoral sul do Brasil. Em certos pontos, onde crescem aglomerados, formam os butiazais, um ecossistema dominado por essas palmeiras. Os maiores butiazais de Santa Catarina localizam-se em Laguna e Imbituba, em solos arenosos e próximos à praia.
Em condições normais, na natureza, a semente de butiá pode levar cerca de dois anos para germinar. A reprodução tardia, aliada a outras ameaças, estão tornando rara a presença da palmeira em alguns locais onde antes era dominante. Disposta a contribuir para mudar essa realidade e conectada às práticas de ESG (sigla, em inglês, para Ambiental, Social e de Governança), a empresa SulGesso desenvolve ações de preservação e propagação do Butia catarinensis, através de seu Centro de Gestão Ambiental, que abriga um viveiro de plantas nativas e uma área de 250 mil metros quadrados destinada à preservação da espécie.

A iniciativa mais recente foi a entrega de mais de cem mudas de butiá, as primeiras desenvolvidas pelo projeto, durante programação para lembrar o Dia da Árvore (21 de setembro). Parte delas foi doada aos alunos de escolas que visitavam o Museu da Baleia Franca. Além da entrega das plantas, os profissionais da SulGesso conversaram com as crianças sobre o projeto de preservação do butiá e como elas podem contribuir. “Explicamos sobre a preservação das espécies nativas e contamos, didaticamente, como cuidamos dessas plantinhas até aquele momento. Cada aluno ganhou uma mudinha e passamos a responsabilidade para eles. As reações foram as melhores possíveis, eles entenderam a mensagem e ficaram muito felizes. Teve criança que abraçava a mudinha e dizia ‘eu vou cuidar muito bem de você’, foi muito bonito”, relata a engenheira agrônoma Morgana Tuzzi, que participou da ação junto com o diretor de ESG, Roger Rousseau.

As outras mudas foram distribuídas no hall de entrada da prefeitura de Imbituba, em ação que distribuiu plantas nativas para os moradores. “Muitos estavam à espera do butiá e as mudas quase não foram suficientes, pois já eram esperadas com empolgação pelas pessoas”, acrescenta Morgana. É no município que está localizada a sede da empresa SulGesso, há mais de 45 anos.
As mudas doadas são fruto do trabalho inédito que vem sendo desenvolvido, há mais de três anos, no Centro de Gestão Ambiental. Após muitas pesquisas e testes, os primeiros resultados foram conhecidos em 2022, depois que algumas sementes de Butia catarinenses germinaram, em uma câmara de germinação específica, adquirida através de um projeto em parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), para quebrar a dormência das sementes. Os resultados recentes são animadores e, com novos protocolos adotados, a germinação na câmara – que vinha ocorrendo com 45 dias – começou aos 29 dias, ou seja, o procedimento permite superar a dormência da semente do butiá e antecipar a germinação.

As sementes germinadas saem da câmara com 50 dias, permanecem por mais cerca de 20 dias nas caixas chamadas “gerbox” e depois são transplantadas para vasos. Após esse tempo, as mudas estão prontas para serem levadas ao viveiro da empresa, espaço projetado para cultivar plantas nativas, onde permanecem por um período que varia de 12 meses a dois anos, até estarem prontas para o plantio junto à natureza.

A doação das mudas foi uma forma de celebrar os bons resultados junto à comunidade, como destaca Morgana Tuzzi. “Essa primeira doação de mudas oriundas da câmara de germinação foi possível porque elas já estavam com um tamanho adequado. O dia foi muito especial porque quase não se encontra mudas dessa planta para doação ou mesmo para venda, justamente porque a germinação é muito difícil”. A especialista faz uma projeção de onde a empresa pretende chegar. “Nosso objetivo é atingir uma produção anual de até 2 mil mudas”, complementa.
A bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e responsável pelo Núcleo de Educação Ambiental, Resgate de Fauna e coordenação do museu da Baleia, Rafaela Cardoso Ramos, acompanhou a ação realizada pela SulGesso e ressaltou a importância dessas iniciativas junto à comunidade. “O butiá faz parte da nossa cultura e algumas pessoas até dependem economicamente da planta, por isso conscientizar essas comunidades a participar, seja preservando ou reflorestando o butiá, é fundamental para a recuperação e a manutenção do bioma. Observamos que eles entendem a nossa mensagem e levam as mudas para plantar em casa”, relata.

 

 

 

 

 

Texto: AgroUrbano Hub Comunicação
Tel: (51) 99165 0244 – Emerson Alves
Foto: divulgação SulGesso
www.agrourbano.com.br
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