Com operação inédita pelo Porto do Rio Grande, cooperativa gaúcha responde à crise de preços com estratégia ousada e garante liquidez aos produtores associados
Palmares do Sul (RS) – Em um momento de forte retração nos preços do arroz em casca no mercado interno — com queda de 41% acumulada em 12 meses, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) até maio de 2025 —, a Cooperativa Arrozeira Palmares dá uma resposta estratégica ao setor. Pela primeira vez em sua história, a cooperativa realiza a exportação de 70 mil sacos de arroz em casca, reforçando seu protagonismo no agronegócio gaúcho e nacional.
A operação, que ocorre por meio do Porto do Rio Grande, busca enfrentar o atual cenário de baixa liquidez e criar alternativas comerciais para os produtores. “Como cooperativa, temos limitações de compra. Diante do travamento do mercado, abrimos uma nova frente. A exportação nos permitiu dobrar o volume adquirido em apenas um mês e garantir a liquidez dos nossos associados”, explica José Mathias, presidente da Cooperativa Arrozeira Palmares.
Desde o anúncio da operação, o impacto foi perceptível na região: os preços começaram a se estabilizar e houve sinais de recuperação, segundo o dirigente. “É reflexo direto de uma gestão com foco estratégico e compromisso com o setor produtivo”, afirma.
Estrutura sólida e impacto regional
Com sede em Palmares do Sul, no litoral norte do Rio Grande do Sul — uma das regiões mais tradicionais na produção de arroz irrigado do Brasil —, a cooperativa é uma das mais estruturadas do país no setor orizícola. Os números impressionam:
Essa estrutura permite à cooperativa não apenas verticalizar sua produção com eficiência, mas também ampliar sua presença comercial em todo o território nacional.
Exportação como ferramenta de equilíbrio
Mais do que ampliar fronteiras, a exportação de arroz em casca surge como uma estratégia inteligente de regulação de mercado. Ao buscar compradores internacionais, a Cooperativa Arrozeira Palmares contribui para reduzir o excesso de oferta no país, aliviando a pressão sobre os preços internos e assegurando a continuidade da produção dos seus associados.
“Essa experiência inédita mostra que o cooperativismo moderno também é um agente ativo de mercado. Estamos preparados para repetir e ampliar essa estratégia sempre que for necessário para garantir a sustentabilidade do negócio do produtor”, conclui Mathias.
Para a imprensa
Texto: AgroUrbano Hub de Comunicação
Foto: Cooperativa Arrozeira Palmares / divulgação
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